AU PAIR IN NORTH CAROLINA OPS FLORIDA

AU PAIR IN NORTH CAROLINA

"Cada sonho que você deixa para trás, é um pedaço do seu futuro que deixa de existir." (Steve Jobs)

sábado, 18 de dezembro de 2010

Panetone uma história de amor

Está chegando o Natal e o que vem com ele são os panetones e as guloseimas típicas dessa época do ano. A minha pergunta é qual a história do natal será que existe ou alguém apenas o inventou para obter lucro em seu padaria??? Na internet podemos encontrar várias e todas giram em torno de uma história de amor, é impressionante como tudo gira em torno do amor!! O espírito de Natal se resume em amor...



Enfim a história que mais me convenceu foi a de Toni, que para convencer o pai de sua amada a permitir o namoro do casal inventou esse tal pão incrementado com a forma de uma cúpula de Igreja e frutas com o intuito de impressionar seu futuro sogro... No fim o Pão de Toni foi um sucesso, a família ficou rica e o casal se casou. Com o passar dos anos o Pão de Toni se transformou em Panetone talvez através do telefone sem fio, quem sabe...



Bom e a minha dica é consuma com moderação pois assim você poderá desfrutar de todos o pratos típicos do fim de ano sem ganhar muitos kilinhos, substitua o pão francês pelo panetone e não exagere na espessura da fatia.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Você já doou sangue?

A doação de sangue é um ato de cidadania, pois ajuda quem está necessitado e ainda promove o amor ao próximo.

Quem não pode doar sangue?

  • Tiver idade inferior a 18 anos ou superior a 65 anos 11 meses e 29 dias.
  • Tiver peso inferior a 50 kilos.
  • Estiver com anemia no teste realizado imediatamente antes da doação.
  • Estiver com hipertensão ou hipotensão arterial no momento da doação.
  • Estiver com aumento ou diminuição dos batimentos cardíacos no momento da doação.
  • Estiver com febre no dia da doação.
  • Estiver grávida.
  • Estiver amamentando, a menos que o parto tenha ocorrido há mais de 12 meses.
Homens que doaram sangue à menos de 2 meses.
Mulheres que doaram sangue à menos de 3 meses.

E então o que você está esperando?? Não adie mais vá logo, não espere uma oportunidade faça a oportunidade!!

Para maiores informações entre no site:



sábado, 2 de outubro de 2010

Tempo perdido

O que fazem as pessoas sairem de casa em uma sexta-feira e irem para a universidade conversar com os amigos dentro da salada de aula e atrapalhar os outros estudantes durante a aula? E ainda por cima se a professora chama atenção se sentem ofendidos...

Sinceramente hoje em dia as pessoas estão completamente descompromissadas com sigo e com as outras pessoas que estão no mesmo ambiente que elas, simplesmente não as respeitam fazem o que bem entendem e não estão nem ligando, agora imaginem que tipo de profissionais da saúde eles serão ao se formarem.... isso é se conseguirem pois essas atitudes são muito freqüentes e  não apenas em uma sexta-feira em que as quatro aulas resumiriam-se em apenas uma hora e meia útil e não em longas 3horas inúteis ....

sábado, 28 de agosto de 2010

Eu sei, mas não devia


Eu sei que agente se acostuma. Mas não devia.


A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a 
não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque 
não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, 
porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir
 de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, 
logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à 
medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, 
esquece a amplidão.



A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado
porque está na hora. A tomar o café correndo porque está
atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o
tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para
almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar
no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado
sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra.
E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para
os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas
negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de
paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone:
hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso
de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. 

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que
necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a
ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a
pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez
pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro,
para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as
revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais.
A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido,
desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado
e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que
os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação
 da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir
passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães,
a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas,
tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali,
uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira
fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente
molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente
se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há
muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque
tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar
a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se
de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar
a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se
perde de si mesma.


(1972)




Marina Colasanti nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália 
e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, 
poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti com Eu sei mas 
não devia e também por Rota de Colisão. Dentre outros escreveu E por 
falar em Amor; Contos de Amor Rasgados; Aqui entre nós, Intimidade 
Pública, Eu Sozinha, Zooilógico, A Morada do Ser, A nova Mulher, 
Mulher daqui pra Frente e O leopardo é um animal delicado. Escreve, 
também, para revistas femininas e constantemente é convidada para 
cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta 
Affonso Romano de Sant'Anna.




O texto acima foi extraído do livro "Eu sei, mas não devia", Editora 
Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09.